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26-02-2014

Paula Teixeira de Queiroz: reencontrar o sentido de viver na escrita



Diário de Aveiro: Lembra-se do seu primeiro contacto com os livros?
Paula Teixeira de Queiroz: Digo sempre que nasci no meio de livros. Do lado paterno, uma família de jornalistas – temos um jornal com 108 anos, o “Notícias dos Arcos” -; do lado materno, uma família de escritores, com relevo para o bisavô Francisco Teixeira de Queiroz, tendo António José Saraiva e Óscar Lopes na História da Literatura Portuguesa comparado o seu talento ao de Eça de Queirós.

Como começou a escrever e porquê?
Sempre escrevi e li. Desde muita pequena que o meu pai me contava longas histórias e recitava poemas. E havia muitos livros, claro! A minha avó paterna lia-me o “Amor de perdição”! Aquele dramalhão ficava a dançar-me nos olhos e na cabeça… Escrever foi um acto natural, como comer ou beber. (Risos)

Entre começar a escrever e escrever um livro, passou muito tempo? Como tomou essa decisão?
Sempre escrevi, sobretudo a partir do momento em que uma tia me ofereceu um diário, teria eu oito ou nove anos. Aos 10 anos ofereceram-me o Diário de Anne Frank e também eu escrevia à “querida Kitty”. Estranhamente, decidi estudar Direito. Para me “vingar” da aridez do curso lia desalmadamente mas escrevia pouco. Para responder a essa pergunta diria que foi um interregno de 25 anos, mais ou menos. Cerca de 2004, comecei a escrever crónicas em jornais, sobretudo no Notícias dos Arcos. Mais tarde, contos, até chegar ao romance. O meu grande sonho tomou forma num livro de contos em 2010, “Contos do Destino e do Desatino”, em que escrevo contos sobre o campo, o Minho onde nasci, e sobre a cidade, Lisboa, onde vivo desde os 18 anos. As críticas foram boas, nomeadamente de Mário Cláudio e Miguel Real. Em 2012, publico mais um livro de contos, “Contos de amor e desamor”, livro este também apreciado pelos leitores e críticos, e o grande desafio, e prémio Aldónio Gomes 2013, “A Bruxa de Grade”, que me convenceu de que a escrita é o meu caminho.

O que influencia a sua escrita?
As experiências de vida… Quer dizer, há uma base real e, depois, desato a inventar e a divertir-me com o que escrevo. Acho que escrevo com humor, descrevo situações caricatas que me fazem rir, não sou daquelas pessoas que só escrevem quando estão tristes, pelo contrário, se estiver mal não escrevo! Pode acontecer ser influenciada por outros escritores que me impressionam na altura mas sou muito independente e demasiado desorganizada para seguir esta ou aquela tendência. Têm dito que escrevo com o coração, que a escrita me vem do sangue (Miguel Real), e assim é. Diria que sou demasiado rebelde ou selvagem para me encaixar numa corrente.


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